Brasis. As traduções da cultura cotidiana do Brasil.

BRASIS. CULTURAS E COTIDIANOS DO BRASIL.

#MeninaRendeira e #osBrasis

 

#MeninaRendeira_01

 

“de onde vem

o fio que vai

de lá pra cá

na costura dos dias

na dança das mãos

brasileiras?

 

brasileiras,

de onde vem

a mulher que vai

de lá pra cá

na costura dos dias

na dança das mãos

rendeiras?

 

cada mulher

que chega

costura

uma cidade”

Quem costura a cidade, por Mayra Fonseca.

 

Carolê começou a rendar paredes no Sertão de Pernambuco, inspirada pela força e beleza de mulheres que trabalham dias a fio para criar algo manual e poético. Com seu projeto #MeninaRendeira, ela faz questão de usar pincel para espalhar esse trabalho de mãos femininas por superfícies que ainda não conheciam as tramas brasileiras: faz rendas em paredes, muros e fachadas.

 

De Pernambuco ao Rio de Janeiro, de Paraty a Aracaju. E a #MeninaRendeira sentiu que era hora de levar renda para o cenário de São Paulo, essa cidade construída também por mãos nordestinas. Mas, qual é a relação das rendas com São Paulo? Quais são os encontros por trás desses desenhos ocultos na cidade? Por que levar as rendas dos interiores das casas para o espaço urbano?

 

#MeninaRendeira_02

 

Carolê convidou o Brasis a refletir sobre essas perguntas e dos diálogos com a Mayra Fonseca surgiu a vontade de destacar as mulheres nordestinas que chegam na grande cidade criando elos e afetos por onde passam. Construíram, e constroem, redes pelas comidas e cheiros e rezas e rendas.

 

#MeninaRendeira_03

 

“Cada mulher que chega costura uma cidade”, surgiu o verso escrito por Mayra e dele Carolê criou um lambe. Na fachada da Escola Estadual Fernão Dias, dias antes de ser ocupada por estudantes que zelam para que esses locais de ensino não fechem, a arte de #MeninaRendeira e #osBrasis convida: vamos falar sobre mulheres brasileiras?