Brasis. As traduções da cultura cotidiana do Brasil.

BRASIS. CULTURAS E COTIDIANOS DO BRASIL.

Roni Hirsch e a função social da arte

Em30-05-2016

 

(Roni Hirsch, Consultor Artístico do festival Os Brasis em São Paulo. Foto F. Escobar.)

 

(Pesquisando o Morro do Querosene em São Paulo, li algumas linhas sobre um estúdio colaborativo, construído no espaço que antes era casa-oficina de um marceneiro local. Lá, o artista anfitrião fazia móveis para crianças com materiais aproveitados de seus projetos de cenografia. “Oi, Roni!”_ escrevi. E dias depois ouvi pela primeira vez sobre um projeto Erê e sua vontade de fazer brinquedos inclusivos nas ruas, um convite pro Orixá despertar a criança que existe em todos nós. Passadas algumas prosas, o projeto tomou jeito de realidade: em frente à estação de metrô que frequento, nos parques e nas praças e nas boas notícias. E é só passar o olho por uma dessas lembranças de Roni – e de Erê – pela cidade que eu me recordo também de boa parte dos conselhos desse amigo com quem aprendo sobre família e cultura e também sobre trabalhos. Vamos, Roni, vamos brincar de gente! Por Mayra Fonseca.)

 

(Estúdio do Morro.)

(Estúdio do Morro.)

 

A função social da arte – e do artista – é um dos temas de pesquisa e intenção de trabalho do Roni Hirsch, um dos Conselheiros Artísticos do nosso Os Brasis em São Paulo. Qual é o conceito e o efeito de uma obra? Qual é o seu conteúdo? São perguntas que o motivam a imaginar novos mundos feitos um pouco de matéria-prima, um tanto de esmero e bastante também de prática cidadã através da arte.

 

(Erê Lab.)

(Erê Lab.)

 

Essa reflexão está na origem do projeto Erê: Vamos abrir as portas para o lugar dos sonhos no sentido real, do possível. Que seja mais do que um lugar; que seja um caminho; uma vivência com a arte e com a cidade.

 

(Casa Palafilta, projeto Erê.)

(Casa Palafilta, projeto Erê.)

 

O convite do Manifesto pela Criança do século XXI, literalmente o primeiro rascunho e a essência do Erê, é um chamado para a potência do imaginar, e do realizar, para a sociedade. Assim surgem os objetos do brincar, interagir e participar dessa plataforma que leva brincadeira brasileira para a cidade.

 

(#ParquedaFonte.)

(#ParquedaFonte.)

 

Essa sua vontade de reviver a função social da arte está presente também em seus projetos de cenografia, design e arte. Um dos tantos outros assuntos de Roni que vale acompanhar é a campanha de luta pelo Parque da Fonte no Querosene: uma área verde, ao lado do Estúdio do Morro, com nascentes de água doce e que é preservada pelos moradores da região.

 

Roni Hirsch é designer, cenógrafo e artista à frente do Estúdio do Morro, no Morro do Querosene: um reduto de arte e cultura brasileira dos mais relevantes da cidade de São Paulo. Seu trabalho contempla projetos de arte e intervenções urbanas com o objetivo de aproximar pessoas nos trajetos da cidade. Seu recente projeto Erê tem como foco o incentivo à brincadeira brasileira, de forma inclusiva, a partir da criação e instalação de brinquedos nos espaços públicos da cidade.

 

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