“Sou do seio das caatingas”, diz o primeiro verso de sua autobiografia cordelizada.
Um artefato que representa o objeto principal da revista: a cultura paraense em seus diversos formatos e linguagens.
"A madeira como manifesto do imaginário de um povoado ribeirinho e sertanejo."
Conversadeiro que só, granjeou fama de contador de estória e fazedor de poema: "localizo aqui no meu juízo e invento tudo".
"O trabalho com pincel em superfícies maiores me aproxima de uma rendeira, é um trabalho de força e muita paciência" _ Carolê Marques.
"Lugar de morar se fazia à unha, tombando tora no mato, secando tijolo no sol".
Em Lagoa da Canoa, um relicário de seres fantásticos esculpidos na madeira.
Reconhecemos que somos nordestinos - e brasileiros - ao relembrar de quais texturas e tramas é feita a nossa história.
"Parece até que Osvaldo faz carinho nos caroços de cacau quando se põe sobre eles. Parece até que ele dança".
É no exercício diário de observar o meio, que o artesão vai descobrindo os animais contidos nos troncos das árvores.